Não sou jornalista, mas a avaliar pela categoria da maioria dos que saem formados actualmente (entre os quais contabilizo pelo menos uma ex-colega de turma, que mal sabia escrever no 12º ano, e assim continua depois de concluído o curso (!)), afirmo, sem nenhum pudor ou receio de soar convencido/hipócrita: eu próprio faria melhores figuras do que muitos dos profissionais da arte, inclusive, de muitos daqueles que se encontram empregados em jornais e revistas de renome nacional.
Há muito que tenho vontade de falar sobre isto.
Confesso que não sou leitor de jornais em formato tradicional, mas todos os dias passo uma vista de olhos pelas principais publicações online, e a qualidade geral é, em minha opinião, insatisfatória e indigna da reputação que alguns têm no mercado.
Não tanto pelos erros ortográficos (que também se verificam, na sua maioria, nas publicações desportivas, mas isso é outra história), o maior problema reside no descuido e na falta de revisão das notícias que são colocadas em rede: repetições desnecessárias, frases mal construídas ou fora de contexto, adjectivos mal empregues, etc. etc. etc.
Repare-se, a título de exemplo, nesta frase/parágrafo:
"Há 37 feridos graves, 15 dos quais em estado grave, 15 dos quais em estado crítico, incluindo uma criança de dois anos, que sofreu queimaduras graves, que foi transferido para um hospital de Florença."
"... graves, do quais em estado grave, dos quais em estado crítico, queimaduras graves..."!
Não seria mais fácil: Existem cerca de 50 feridos registados até ao momento: 37 em estado grave, dos quais 15 se encontram em estado crítico, e entre eles, uma criança de dois anos, vítima de queimaduras, que foi transferida (...) ?
Chamem-me perfeccionista ou "spelling nazi" (sim, até dessa forma já fui apelidado, imaginem...), mas eu, enquanto leitor e português, sinto-me ofendido na minha intelectualidade, pela forma descuidada como a nossa língua é tratada, menosprezada por pessoas cujo trabalho deveria apenas consistir em informar-nos, com o máximo de rigor, isenção e qualidade possíveis.
Senhores jornalistas, aprumem-se por favor! Não se deixem levar pela onda do desacordo ortográfico, que mais não serve senão para assassinar a nossa língua materna! Não tomem o exemplo do pseudo-jornalismo feito por certos e determinados órgãos de (des)informação, orgulhem-se do vosso trabalho, executando-o com a maior qualidade e imparcialidade que conseguirem!
A estupidificação do povo, por parte dos media, tem de ser travada a qualquer custo, ou qualquer dia seremos mais atrasados que o próprio atraso de vida, e isso é algo que ninguém pretende num país evoluído, democrático e independente!
Ámen!
Imagem disponível Aqui.
Há muito que tenho vontade de falar sobre isto.
Confesso que não sou leitor de jornais em formato tradicional, mas todos os dias passo uma vista de olhos pelas principais publicações online, e a qualidade geral é, em minha opinião, insatisfatória e indigna da reputação que alguns têm no mercado.
Não tanto pelos erros ortográficos (que também se verificam, na sua maioria, nas publicações desportivas, mas isso é outra história), o maior problema reside no descuido e na falta de revisão das notícias que são colocadas em rede: repetições desnecessárias, frases mal construídas ou fora de contexto, adjectivos mal empregues, etc. etc. etc.
Repare-se, a título de exemplo, nesta frase/parágrafo:
"Há 37 feridos graves, 15 dos quais em estado grave, 15 dos quais em estado crítico, incluindo uma criança de dois anos, que sofreu queimaduras graves, que foi transferido para um hospital de Florença."
"... graves, do quais em estado grave, dos quais em estado crítico, queimaduras graves..."!
Não seria mais fácil: Existem cerca de 50 feridos registados até ao momento: 37 em estado grave, dos quais 15 se encontram em estado crítico, e entre eles, uma criança de dois anos, vítima de queimaduras, que foi transferida (...) ?
Chamem-me perfeccionista ou "spelling nazi" (sim, até dessa forma já fui apelidado, imaginem...), mas eu, enquanto leitor e português, sinto-me ofendido na minha intelectualidade, pela forma descuidada como a nossa língua é tratada, menosprezada por pessoas cujo trabalho deveria apenas consistir em informar-nos, com o máximo de rigor, isenção e qualidade possíveis.
Senhores jornalistas, aprumem-se por favor! Não se deixem levar pela onda do desacordo ortográfico, que mais não serve senão para assassinar a nossa língua materna! Não tomem o exemplo do pseudo-jornalismo feito por certos e determinados órgãos de (des)informação, orgulhem-se do vosso trabalho, executando-o com a maior qualidade e imparcialidade que conseguirem!
A estupidificação do povo, por parte dos media, tem de ser travada a qualquer custo, ou qualquer dia seremos mais atrasados que o próprio atraso de vida, e isso é algo que ninguém pretende num país evoluído, democrático e independente!
Ámen!
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