Light Our Fire


Ainda que corresse como um louco, desaustinadamente à procura de respostas para os enigmas do mundo, não seria aldrabão pequeno se te dissesse, miúda, ser impossível a felicidade, em tempos de fome e guerra, em tempos!

Sim, poderíamos embriagar-nos vezes sem conta, bebendo das estrelas o sumo de amores impossíveis entre os mortos bafientos e os labirintos demenciais que conduzem à loucura, e mesmo assim... Jamais deixaríamos de ter tempo para rebolar os nossos corpos nos baixios da ternura, lamacentos vales de desejo expostos à nudez dos sentidos em que nos banhamos, hoje e sempre.

Vem daí, ateia o fogo de uma noite ardente que será nossa por direito, conquistada a ferros à incomensurável maldade do mundo. Fá-la bela e quente por uma vez, a nossa, a nossa vez... E eu serei fogo em ti, selarei com um sopro as portas que já não conduzem a lugar algum, e com um beijo, mostrar-te-ei que afinal, ainda existe luz nesse caminho, e mais brilhará quando por nós percorrido, envoltos na espuma dos dias felizes desde o amanhã até... ao fim.

Vens?

[Pequeno devaneio escrito por mim, inspirado na música Light My Fire, que por hora podem ouvir aí ao lado. Dedicada à minha amiga M, pelos motivos que conheces, e sem qualquer segunda intenção.]

[Imagem disponível Aqui]

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