Não é mesmo para todos, este pornográfico amor (maioritariamente) alemão.
Till Lindemann a cantar em francês? Ah oui... C'est vrai!
O tão badalado "álbum mais pesado dos Rammstein até à data" não passa de uma mera incursão destes grandes músicos, por sonoridades mais comerciais e (ainda mais) ousadas, num registo que, claramente, é uma desilusão para os fãs mais hardcore, como é o meu caso.
Mas também compreendo que, depois de atingir um determinado nível, banda nenhuma consiga superar-se. Reise Reise e Rosenrot foram o culminar de uma grande carreira, dois álbuns notáveis que elevaram os Rammstein a um patamar inigualável e insuperável, mesmo para si próprios. Tudo o que venha posteriormente é susceptível de provocar nos seus seguidores, a mesma reacção de desagrado que eu tive depois de ouvir o álbum pela primeira vez.
E se é um facto que este "não entra" à primeira, não é menos verdade que uma réstia da velha empatia de sempre só surge depois de o ouvirmos quatro ou cinco vezes, e só nessa altura é que poderemos dar o veredicto final.
O tema que dá nome ao álbum é, a meu ver, o melhor de todos. Pesado e frenético como só eles sabem fazer, Liebe Ist Fur Alle Da é seguido de perto por Rammlied, e são essas, a par de Rotter Sand, que merecem o meu destaque (o assobio Kill-Billesco fica mesmo no ouvido...).
Quanto à pior, e apesar de a melodia não ser má... Fruhling In Paris. Um alemão a cantar em espanhol (Te Quiero Puta) pode resultar, mas em francês... Não, não e não.
(Errei na previsão que fiz no Blitz, sobre a probabilidade de Pussy ser a pior música do álbum... Não é, e isso diz muito sobre a qualidade global, a meu ver.)
Overall... 6/10
Sem comentários:
Enviar um comentário