Poesia de Bagageira




Encontrei um sapo zarolho 
Na mala do meu chaço 
Os ciganos do bairro gritaram: 
Ai Lelo, o que é que eu faço???
 
Pobre bicho de peluche 
Que não faz mal a ninguém 
Não merecia tal desprezo 
Destes grandes filhos da mãe! 

Singelo entretém de criança 
Melhores dias já conheceu 
Agora vai ser coqueluche 
Lá para os lados do Romeu! 

Terra perto de Macedo 
Com restaurantes bestiais 
Vou lá amanhã bem cedo  
Abifar os meus queixais

E agora que vos fartastes 
De tão miserável poema 
Pouso a caneta, rasgo o papel 
Destes-me cabo do esquema! 

Retiro-me graciosamente
Vou até vale de lençóis 
Obrigado por me lerdes
Meus queridos rouxinóis!!! 

© Nuno B., Todos os direitos reservados

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